
Olá!
Hoje queremos conversar consigo sobre algo essencial, mas que muitas vezes passa despercebido: a alimentação na terceira idade.
Comer bem não é apenas um prazer, é um ato de autocuidado que protege o corpo, alimenta a mente e preserva a autonomia.
Sabia que 1 em cada 4 idosos em Portugal está desnutrido ou em risco de desnutrição, enquanto 8 em cada 10 têm obesidade, podendo alguns apresentar ambos os problemas?
Estar obeso não significa estar bem nutrido. É possível ter excesso de gordura corporal e, ao mesmo tempo, deficiências de proteínas, vitaminas e minerais, o que pode levar à perda de massa muscular (sarcopenia), fragilidade e maior risco de doenças (comorbilidade). Na verdade, o desequilíbrio nutricional pode ser uma das causas da obesidade.
Estes números mostram como é importante estar atento à forma como se alimenta, nem de menos, nem de mais, mas na medida certa, com equilíbrio e atenção.
Com o avançar da idade, o apetite pode diminuir, a ausência de dentes pode dificultar a mastigação e certos alimentos podem perder sabor. Ainda assim, pequenas escolhas diárias continuam a ter um impacto enorme no seu bem-estar.
Aqui ficam algumas sugestões simples para manter a energia, a força e a saúde:
Proteínas em cada refeição – carnes magras, peixe, ovos ou leguminosas ajudam a manter os músculos fortes e previnem a fraqueza.
Fibras e vegetais – facilitam a digestão e previnem a prisão de ventre. Inclua frutas, hortícolas e cereais integrais no seu dia a dia.
Vitaminas e minerais – cálcio, vitamina D e B12 são fundamentais para os ossos e para a mente.
Hidratação – beba água com frequência, mesmo que não sinta sede. A desidratação é mais comum do que parece e nem dá por isso.
Menos sal e açúcar – substitua por ervas aromáticas, alho, limão e azeite. O sabor pode ser natural e delicioso. Evite doces industrializados e, quando lhe apetecer algo doce, opte por fruta fresca: saborosa, nutritiva e amiga da sua saúde.
Mesmo tendo cuidado com a alimentação, o corpo pode dar sinais de que precisa de mais atenção:
Perda de peso rápida ou involuntária.
Falta de apetite persistente ou recusa de alimentos.
Cansaço, fraqueza ou quedas frequentes.
Alterações na pele, unhas, cabelos, humor ou memória.
Se identificar algum destes sinais, não espere, procure ajuda profissional.
Agir cedo pode prevenir complicações sérias, como desnutrição, agravamento de doenças ou perda de autonomia.
Se cuida de um familiar idoso, o seu papel é fundamental.
Pequenos gestos diários podem ter um impacto enorme na saúde e no bem-estar da pessoa que cuida:
Observe padrões alimentares e repare se há refeições que salta ou alimentos que evita.
Ofereça variedade e cor no prato, visualmente fica mais apelativo e desperta o apetite.
Reforce a hidratação com água, sopas, infusões e chás suaves ao longo do dia.
Adapte as texturas quando houver dificuldades de mastigação ou deglutição.
Esteja atenta a sinais físicos e emocionais, como alterações de peso, cansaço, tristeza, apatia ou desorientação.
Inclua o seu familiar idoso nas decisões: pergunte o que gosta de comer e envolva-o na preparação das refeições. Isso reforça a autonomia e o prazer à mesa.
Cada escolha diária, cada refeição equilibrada e cada gesto de cuidado conta para fortalecer o corpo, nutrir a mente e preservar a autonomia.
Pequenos pormenores têm um impacto duradouro na sua saúde e bem-estar.
Com Raízes Seguras, envelhecer bem deixa de ser um desafio e passa a ser um plano. Estamos aqui para ajudá-la a recuperar a sua energia e alegria. Fale connosco!